JOGOS MORTAIS 6
É necessário dizer novamente que a cine-série ‘Jogos Mortais’ já deu o que tinha que dar? Provavelmente não. Porém continuam investindo nesses caça-niqueis, tirando roteiros cada vez mais estapafúrdios e apressados. Este é meu sexto encontro com JigSaw e está cansativo, porque a previsibilidade das cenas beira o ridículo – e nem seu final surpreende.
Sem contar a interpretação dos coadjuvantes e, principalmente, de Costas Mandylor. O cara é um pária que não tem nem expressão facial, uma vergonha se compararmos com Tobin Bell (este sim segura toda e qualquer sequência em que aparece). ‘Jogos Mortais 6’ é apenas uma cópia dos eventos anteriores com setas apontando a direção a seguir, cronômetros regressivos e a fotografia escurecida. Se anteriormente os cortes rápidos davam sensação de desconforto e agilidade, hoje serve para irritar os espectadores, pois já foi tantas vezes usada que caiu numa irrelevância absurda.
O detetive Hoffman, um dos muitos discípulos de John, conseguiu matar Strahm e jogar praticamente toda a culpa dos assassinatos nele. Mas o FBI acaba chegando perto demais e ele se vê obrigado a planejar outro jogo. Há mais flashbacks e tentam humanizar John, que já é quase um herói nesta altura do campeonato.
Há tempo ainda para o diretor David Hackl injetar uma crítica social aos convênios médicos e ao modo com que seus clientes são escolhidos – os empresários são vistos como homens engravatados, cínicos e arrogantes e toda essa atmosfera me tirou boas risadas e acho que não era essa a intenção. No fim, o que era para ser o último episódio, acaba com um gancho vergonhoso para o sétimo episódio e este sim tem tudo para ser o derradeiro desfecho, isso até vermos o quanto de grana entrará no bolso da produtora.
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